terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os Lusíadas - contextualização VI - estruturas

Estrutura externa:
a)     10 cantos com uma média de 110 estrofes cada;
b)     estrofes oitavas;
c)     versos decassilábicos;
d)     rima cruzada e emparelhada.

Estrutura interna:
a)     Proposição – apresentação do assunto;
b)     Invocação – invoca as ninfas do Tejo pedindo inspiração para escrever;
c)     Dedicatória – dedica a D. Sebastião;
d)     Narração – in media res tem como núcleo o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, mas também é narrada a história de Portugal (a história começa a ser narrada a meio da ação «Já no largo Oceano navegavam»).

O assunto d’ Os Lusíadas desenvolve-se em quatro planos:
a)     plano da viagem – a narração da viagem de Vasco da Gama à Índia;
b)     plano da história de Portugal – a narração da história de Portugal feita por Vasco da Gama ao rei de Melinde, por Paulo da Gama ao Catual e a profetizada por Tétis;
c)     plano da mitologia – a intriga dos deuses que abre no consílio, logo no início da ação do poema, e fecha já no fim, na ilha de Vénus;
d)     plano das considerações do poeta – Camões expressa as suas ideias sobre a ambição, a injustiça, o desprezo das letras e dá conselhos ao próprio rei.

O episódio do Velho do Restelo representa o pensar humanista.

O Canto X funciona como síntese – os quatro planos congregam-se a fim de superar as profecias pessimistas do Velho do Restelo e do Adamastor através da vitória da ilha dos amores e da exaltação do ideal de heroicidade e virtude pela pátria que tinha sido perdido, mas que se acreditava que ressurgiria com D. Sebastião.

Sem comentários:

Enviar um comentário