Estrutura externa:
a) 10 cantos
com uma média de 110 estrofes cada;
b) estrofes
oitavas;
c) versos
decassilábicos;
d) rima
cruzada e emparelhada.
Estrutura interna:
a) Proposição
– apresentação do assunto;
b) Invocação
– invoca as ninfas do Tejo pedindo inspiração para escrever;
c) Dedicatória
– dedica a D. Sebastião;
d) Narração –
in media res tem como núcleo o
descobrimento do caminho marítimo para a Índia, mas também é narrada a história
de Portugal (a história começa a ser narrada a meio da ação «Já no largo Oceano
navegavam»).
O
assunto d’ Os Lusíadas desenvolve-se em quatro planos:
a) plano da
viagem – a narração da viagem de Vasco da Gama à Índia;
b) plano da
história de Portugal – a narração da história de Portugal feita por Vasco da
Gama ao rei de Melinde, por Paulo da Gama ao Catual e a profetizada por Tétis;
c) plano da
mitologia – a intriga dos deuses que abre no consílio, logo no início da ação
do poema, e fecha já no fim, na ilha de Vénus;
d) plano das
considerações do poeta – Camões expressa as suas ideias sobre a ambição, a
injustiça, o desprezo das letras e dá conselhos ao próprio rei.
O
episódio do Velho do Restelo representa o pensar humanista.
O Canto X funciona como síntese – os quatro planos
congregam-se a fim de superar as profecias pessimistas do Velho do Restelo e do
Adamastor através da vitória da ilha dos amores e da exaltação do ideal de
heroicidade e virtude pela pátria que tinha sido perdido, mas que se acreditava
que ressurgiria com D. Sebastião.
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