Origem do título
Lusíadas
deriva de Luso, filho ou companheiro de Baco. Era considerado como povoador e
primeiro rei-pastor da última Tule à qual teria dado o nome de Lusitânia e o de
Lusos, Lusitanos, aos habitantes.
Foi André de Resende que instaurou
este vocábulo por imitação de Virgílio que de AEneas (Eneias) formou AEneades
(Eneida).
Camões
escolheu este vocábulo devido ao cunho épico que o caracteriza, mas não o
utiliza em toda a epopeia, permanecendo assim unicamente como título. Para
denominar o povo português Camões utiliza: Português, gente portuguesa,
Lusitanos, Lusos, Lusitana gente, gente de Luso, geração de Luso e pastores de
Luso.
Enriquecimento da Língua
Camões contribuiu grandemente para
o enriquecimento da língua portuguesa através da utilização de latinismos
(deve-se essencialmente à nova mentalidade humanista que necessitando de
vocabulário apropriado à expressão dessa nova mentalidade vai buscá-lo ao
latim) e neologismos (devido aos descobrimentos surge a necessidade de designar novos produtos,
plantas, etc. provenientes das novas terras).
Universalidade do poema
A obra
enaltece as obras gloriosas do povo inteiro com base no descobrimento do
caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Aliás esta é a ação central
do poema. Esta ação representa o ponto culminante do percurso de ascensão
deste pequeno Reino. Este feito é reconhecido por toda a humanidade, uma vez
que restabelece as relações entre o Ocidente e o Oriente. É Portugal que
provoca a descoberta da América do Sul e o refluxo dos turcos para o Oriente,
inaugurando a época moderna caracterizada pelo domínio da Europa no orbe
inteiro.
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