terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os Lusíadas - contextualização III

Origem do título

            Lusíadas deriva de Luso, filho ou companheiro de Baco. Era considerado como povoador e primeiro rei-pastor da última Tule à qual teria dado o nome de Lusitânia e o de Lusos, Lusitanos, aos habitantes.
            Foi André de Resende que instaurou este vocábulo por imitação de Virgílio que de AEneas (Eneias) formou AEneades (Eneida).
           
Camões escolheu este vocábulo devido ao cunho épico que o caracteriza, mas não o utiliza em toda a epopeia, permanecendo assim unicamente como título. Para denominar o povo português Camões utiliza: Português, gente portuguesa, Lusitanos, Lusos, Lusitana gente, gente de Luso, geração de Luso e pastores de Luso.  

Enriquecimento da Língua

            Camões contribuiu grandemente para o enriquecimento da língua portuguesa através da utilização de latinismos (deve-se essencialmente à nova mentalidade humanista que necessitando de vocabulário apropriado à expressão dessa nova mentalidade vai buscá-lo ao latim) e neologismos (devido aos descobrimentos surge a  necessidade de designar novos produtos, plantas, etc. provenientes das novas terras).

Universalidade do poema

            A obra enaltece as obras gloriosas do povo inteiro com base no descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Aliás esta é a ação central do poema. Esta ação representa o ponto culminante do percurso de ascensão deste pequeno Reino. Este feito é reconhecido por toda a humanidade, uma vez que restabelece as relações entre o Ocidente e o Oriente. É Portugal que provoca a descoberta da América do Sul e o refluxo dos turcos para o Oriente, inaugurando a época moderna caracterizada pelo domínio da Europa no orbe inteiro.

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